Thursday, March 31, 2011

É isto

"(...) O principal é um Governo socialista chegar ao ponto de cortar pensões de 180 e 220 euros e diminuir o IVA para o golfe até ao escalão mínimo. De taxar a eito tudo o que é trabalho, produção de riqueza e apoios sociais aos mais desprotegidos e manter as grandes obras do regime, inúteis e sumptuosas, para favorecer o cancro das parcerias público-privadas a favor dos mais privilegiados. De fustigar até ao absurdo os rendimentos do trabalho e taxar em termos ridículos a grande especulação financeira e imobiliária. De sufocar as pequenas empresas e permitir o escândalo da zona franca da Madeira, um paraíso de lavagem de dinheiro e fuga ao fisco. De se assanhar contra qualquer poupança que um cidadão consiga fazer e encolher os ombros perante a exportação de capitais, lucros e impostos devidos. (...)"

Isto e muito mais na última crónica de Miguel Sousa Tavares no Expresso

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Friday, March 25, 2011

Não, não tenho dificuldade em subir as escadas, obrigadinho

O quê? Era só isto? Tanta campanha, tanto jovem de colete colorido, tanta afluência ao site e afinal era só isto que queriam saber? Se tenho retrete? Se tenho ar condicionado? Se eu vejo bem? (atenção, não é se eu uso óculos, isso não interessa nada, é se eu vejo bem com os meus óculos. e se eu tivesse respondido que não? marcavam-me uma consulta para actualizar a gradução? isso é que era...). Se vou trabalhar de bibicleta (bibicleta é o que está lá escrito, juro). Ah e também gostei muito da pergunta sobre as tarefas precisas que eu cumpro no meu trabalho. Não basta uma pessoa dizer que é cabeleireira, por exemplo, tem de dizer que faz mises e corta cabelos? Não percebo. Tanta preocupação com os aquecedores, se são a gás ou salamandra, e depois nem perguntam se temos filhos que por acaso não moram connosco. Enfim. Uma desilusão, é o que vos digo. Este censos, o meu primeiro censos em família, é uma grande desilusão.

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Thursday, March 24, 2011

Da demissão

O primeiro-ministro teve o cuidado de só falar ao país depois de terminado o episódio diário de beyblades no panda bigs, evitando assim aquela que se adivinhava como a primeira discussão familiar pelo comando da televisão.
E é isto.

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Wednesday, March 23, 2011

Elizabeth Taylor (1932-2011)

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Tuesday, March 22, 2011

Sábado, 19.15

E se eu me esticar muito? E se eu estivesse lá em cima naquele prédio? E se eu tivesse um trampolim muito grande, achas que conseguia saltar e agarrar a lua?

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Wednesday, March 16, 2011

Mudam-se os tempos?

"O Governo deseja que o povo português tenha a plena consciência do dilema que lhe é posto nesta hora: transformar-se num lamentável destroço, abismar-se na desordem, na ruína e na miséria, ou continuar o seu avanço, dentro do Estado Novo, em que a ordem e a disciplina tornam viáveis as mais progressivas reformas e tornam reais as mais justas liberdades populares."
Nota oficiosa de Salazar, 1932

"Eu não posso admitir a pequenez e o ridículo das preocupações mesquinhas de certos grupos e grupinhos diante das realidades nacionais! Não compreendo nem posso tolerar que meia dúzia de inúteis passem a vida a deitar cartas, às mesas dos cafés, sobre os meus destinos e o destino dos meus colaboradores, enquanto homens que estão no Poder se debatem com altos problemas nacionais e os vão resolvendo!"
Salazar em entrevista ao Diário de Notícias, 1936

"Eu vejo aproximarem-se tempos em que maiores sacrifícios do que o voto hão-de ser exigidos a todos para defesa do bem comum e mesmo do interesse legítimo de cada qual. Podem vir tempos em que é preciso estar disposto a lutar duramente; e felizes aqueles que tiverem quem os congregue, os conduza, lhes indique o caminho e assegure como seu concurso a vitória."
Discurso de Salazar, 1958

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Wednesday, March 09, 2011

(a luta é) alegria, alegria

Tuesday, March 08, 2011

A luta é alegria, pá

Há anos que ninguém liga nenhuma ao festival da canção. A RTP faz o esforço de organizar o evento a tentar não se envergonhar (o que nem sempre consegue). A comunidade artística em geral está-se nas tintas para aquilo. Só músicos de segunda (terceira? quarta?) categoria se arriscam a concorrer. Há muito tempo que dali não sai uma revelação ou uma canção popular. As audiências são míseras. E ficamos felizes se conseguimos ir à Eurovisão sem dar barraca nem ficar no último lugar.
Desta vez, por causa dos Homens da Luta, não se fala de outra coisa e parece que anda meio mundo em alvoroço porque isto não é uma coisa séria, que o Neto e o Falâncio estão a gozar com o festival, que o voto por telefone é uma fraude (o que conta mesmo são os votos das personalidades escolhidas nas terrinhas pelas delegações da RTP, isso é que é gente idónea, especialistas de renome internacional), que os Homens não representam Portugal (ao contrário do Nuno Norte, da Wanda Stuart ou do Axel - who? - que são tudo artistas de alto gabarito, daqueles que temos orgulho em mostrar lá fora).
Bom, para sermos honestos temos que reconhecer que os críticos têm razão em tudo isto. É verdade que aquilo é uma palhaçada - há até quem lhe chame música de intervenção, o que me parece demais. É humor e do bom - mas aquilo também é o festival da canção, portanto... Haverá assim tanta diferença entre os Homens da Luta e as Nonstop, digamos, ou os inigualáveis Flor de Lis ou o grande Tó Cruz ou essa estrela mundial que é a Vânia Fernandes (fui agora mesmo à wikipedia ver quem tinham sido os outros vencedores dos últimos tempos para me lembrar como eram todos tão bons e tão populares). A mim parece-me que os Homens da Luta se divertiram à grande no palco e cantaram uma musiquinha que entra no ouvido e que já andamos todos a trautear. O que é bastante mais do que se pode dizer de outras canções festivaleiras.

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Thursday, March 03, 2011

A diferença entre o primeiro e o segundo

Decidi experimentar ao Pedro o fato de super-homem que era do António. Com dois anos, antes de descobrir o homem-aranha, o António teve uma paixão enorme pelo super-homem e aquele fato, comprado pela avó numa loja de chineses, foi usado muitas vezes, não só no carnaval, com o puto a saltar por todo o lado de braços esticados e a segurar a capa vermelha como se fosse voar. O Pedro nem por isso. Obediente, lá vestiu o fato e ficou a olhar para mim muito sério até que desatou a choramingar e a puxar as mangas, furioso, para tirar aquilo. Está visto que este meu filho que lança beyblades pela casa e até já sabe mexer na playstation não faz a mínima ideia de quem é o super-homem. Ups.

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